A Arte
Egípcia inspira a pesquisa pelo mistério que representa. Nasceu a mais de 3000
anos a.C. e refere-se à arte desenvolvida pela civilização do Antigo Egito,
localizada estrategicamente no Vale do Rio Nilo.
A
civilização egípcia foi uma das principais civilizações da antiguidade deixando
um legado cultural riquíssimo.
A cultura
esplendorosa revela-se em influência, poder, obediência, serviço e estilo. A
religião é o foco de tudo, é o regramento da arte manifestada através da
escultura, pintura, arquitetura, hieróglifos, literatura, ciências médicas e
alta matemática.
A ARTE
DA MUMIFICAÇÃO
Acreditar
na imortalidade nos faz viver mais plenamente, como se tudo fosse possível,
mesmo após a morte? Os egípcios retratavam incessantemente essa questão – a eternidade,
pois acreditar na imortalidade da alma torna necessário preservar o corpo e tudo
o que se possui em vida - tesouros, poder.
A arte
começava a se exprimir – a mumificação, cujo objetivo era proteger o corpo para
a eternidade. O túmulo, construções grandiosas revelavam uma sabedoria até hoje
não muito bem explicada, mas admirada através dos tempos, estudada e admirada e, foram construídos para acolher o corpo mumificado dos grandes reis e seus bens
físicos e tudo o mais que precisaria após a morte.
A
mumificação preservava o corpo e etapas foram desenvolvidas para o sucesso
dessa arte: retirar o cérebro pelo nariz, nas cavidades do corpo eram colocadas
resinas aromáticas e perfumes, as incisões eram costuradas e o corpo mergulhado
num tanque de Nitrato de Potássio e após uns 40 dias, havia o enrolamento em
bandagem de algodão, embebida de betume que servia como impermeabilizador.
A ARTE
DO DESENHO E DA PINTURA
Esses
túmulos tinham as paredes internas todas desenhadas e pitadas por artistas contratados
pelos faraós e o tema refletia a vida desses grandes reis e tudo o que acontecia
à sua volta.
Apesar
de ser uma demonstração artística, referida arte era feita de forma padronizada.
Assim, a criatividade não era bem vinda, face à técnica que deveria ser
respeitada para a execução das obras, bem como verifica-se que as pessoas eram
representadas por exatas proporção e distância, revelando os níveis hierárquicos
daquela sociedade.
A representação
do faraó deveria destacar-se das demais figuras, explicitando sua magnitude e
superioridade, utilizando as tintas extraídas da natureza: o preto, extraído do
carvão de madeira para simbolizar a morte e a escuridão; o branco, extraído do
gesso para simbolizar a pureza e a verdade; o vermelho, extraído de substâncias
ocres, para representar o poder a energia e sexualidade; o amarelo, extraído do
óxido de ferro hidratado, simbolizando a eternidade; o verde, extraído da malaquite
do Sinai para representar a regeneração e a vida e o azul, extraído do
carbonato de cobre, representando o Reio Nilo e o céu.
A
pintura egípcia possui algumas peculiaridades que a torna intrigante, como se
pode verificar na ausência de três dimensões e sombra e ainda com a utilização
de cores convencionais. As figuras obedecem à lei da frontalidade, pois os
olhos são retratado de frente, combinando na imagem a representação lateral e
frontal simultaneamente.
Nessa
onda de representação, o faraó sempre estará em destaque, sendo a maior figura
representada e é também aquele que possui estátuas e espaços arquitetônicos monumentais,
caracterizando sua importância.
A ARTE
DA ESCULTURA
Por que
monumentos tão grandes?
Porque
representam os faraós e os deuses. Significando a soberania, o poder, a
majestade. Assim as estátuas eram construídas de forma frontal, sem movimento e
sem expressão facial.
Os faraós
eram representados em estátuas em pé e com o pé esquerdo à frente, ou sentado
de pernas cruzadas ou ainda sentado com a mão esquerda apoiada na coxa, característica
de estar no trono comandando tudo.
Uma outra
caraterística da escultura egípcia era esculpir as esfinges (monumento com o
corpo de leão e a cabeça humana) na entrada dos templos com o intuito de
afastar os maus espíritos.
As
pirâmides demonstram toda sua prepotência monumental representando a
durabilidade, o sentimento da eternidade pois muitos mistérios as envolvem
dando-lhes um aspecto misterioso e impenetrável, possuindo em sua parte interna
uma câmara funerária em que ficava a múmia do faraó e seus pertences e o acesso
a esse setor acontece através de labirintos.
Caso o
faraó morto tivesse que passar por trabalhos mais difíceis e ingratos no além,
seriam substituídos pelos Usciabtis (figuras funerárias esculpidas em miniatura,
geralmente esmaltadas de verde e azul).
A ARTE
DA ESCRITA
Os egípcios
escreviam utilizando desenhos através dos hieróglifos (escrita sagrada), a hierática
(escrita simples, utilizada pela nobreza e sacerdotes) e a demótica (escrita
popular).
Foi desenvolvido
o Livro dos Mortos (rolo de papiro com rituais funerários) para ser colocado no
sarcófago do faraó morto. As ilustrações representavam cenas muito vivas.
OS
ARTISTAS EGIPCIOS
Os
artistas egípcios não eram conhecidos como tal, não possuía a individualidade
de sua obra, seu caráter social e pessoal não foram conhecidos.
A
estética limitava sua criatividade, atuando sempre conforme determinado. O
trabalho era construído em oficinas, reunindo mestres de diferentes conhecimentos
(escultores, pintores, embalsamadores, carpinteiros), onde os trabalhos eram elaborados
em série.
Nesse
período, o artista era também reconhecido como uma pessoa com uma tarefa divina
importante, pois precisava do contato com a divindade para receber a força
criadora de seus trabalhos.
A ARTE
DECORATIVA
A
decoração no Reino Médio traz reconhecimentos importantes para a história,
principalmente quando se diz respeito à joalheria, pois os amuletos, as caixas,
os espelhos, os pentes, as candelas são caracterizados por sua beleza. Assim
como o hipopótamo de faiança, esmaltado e decorado com motivos vegetais.
Assim,
a arte egípcia é especial por tudo que representa e por tudo que criou e a arte
possui alguns espelhamentos desse período tão importante para a História da
Arte.
A arte
egípcia encanta pelos seus mistérios, seus ideais, sua imaginação e seus ensinamentos.
O respeito à hierarquia representados na arte das mais diversas formas nos
remetem à tranquilidade e à estabilidade de seu povo, voltado à vida espiritual.
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