Banksy, o ícone de vários mistérios envolventes.
Cada ato desse maravilhoso artista é acompanhado, na busca incessante de interpretação, trazendo consigo o que seja talvez seu maior objetivo, a filosofia, a análise, o questionamento do que vemos. É muito interessante e às vezes inviável entender os sentimentos que lideram esse momento.
Quando o vemos, não sabemos realmente quem é, pois sua identidade mantém-se no anonimato, pois até que ele mesmo se revele, não dá para ter certeza de coisa alguma, considerando que já foram feitas várias tentativas de descobertas, várias pistas já foram seguidas, mas ele nega e assim se mantém. Maravilhoso.
E assim, um fato inesperado e surpreendente agraciou o mundo com a questão: o que é a arte mesmo?
Até quando a arte se manifesta, até quando o manifesto é arte, de quem é a arte ou a arte é para quem.
O quadro deste artista genial, no momento em que foi leiloado, trouxe tais questionamentos à tona.
Assim, a interferência feita à distância, através de um mecanismo secreto de picotar, modificou o quadro da "menina e o balão", elaborada a tantos anos em algo diferente da proposta inicial.
Busca-se desde então, a explicação para aceitar e entender o acontecido e a pergunta que não quer calar: qual seria o real objetivo do fato, da tentativa de destruir o quadro ou apenas causar uma interferência que jamais trará de volta o idealizado.
Espetacular a arte, tal como é, tal como acontece, tal como fica. Assim ela vai se construindo e nesse meio o desapego é essencial, permitindo algo novo, uma nova ideia, nova visão.
Mais um aprendizado através de um fato que eleva o olhar sobre a obra num ponto de vista interiorizado, filosofal.
Vamos tentar pensar como o artista e olhar a obra e a vida de um ponto diferente?